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Implementar o Plano de Bacia ou o Plano de Recursos Hídricos é o principal desafio do ano, para o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Corrente e dos Riachos do Ramalho, Serra Dourada e Tabocas do Brejo Velho (CBHC). Na última plenária realizada no dia 17, em Canápolis, membros e instituições discutiram estratégias para executar e pôr em prática o Plano que proporcionará diversos benefícios para os municípios da bacia do Rio Corrente, sua população e economia.

O primeiro passo para implementação do Plano, é colocar em funcionamento as Câmaras Técnicas. Atualmente o CBH Corrente possui cinco câmaras técnicas ativas: Câmara Técnica Institucional Legal (CTIL), Câmara Técnica de Outorga e Cobrança (CTOC), Câmara Técnica de Saneamento Básico (CTSB), Câmara Técnica de Educação Ambiental e Mobilização Social (CTEAM) e Câmara Técnica de Planos, Projetos e Programas (CTPPP).

Cristiano Duarte, presidente do CBH Corrente, explica que as Câmaras Técnicas são essenciais para conseguir implantar o Plano de Bacia. “Muitas das discussões que ocorrerão, tudo o que o Comitê for deliberar referente ao Plano, vai precisar do auxílio das câmaras técnicas”. As Câmaras Técnicas são compostas por membros do Comitê e entidades que indicam técnicos que auxiliarão nas tomadas de decisão. “A Câmara Técnica de Outorga e Cobrança (CTOC), por exemplo, é de fundamental importância, pois será através dela que iremos discutir o modelo, a metodologia que será usada e a equação de cobrança que será utilizada pelo Comitê do Corrente”, pontuou Cristiano.

Membros do CBH Corrente reunidos na Plenária em Canápolis/BA (Foto: Divulgação)
Membros do CBH Corrente reunidos na Plenária em Canápolis/BA (Foto: Divulgação)

A importância das reuniões itinerantes e visitas técnicas

Com uma atuação e abrangência em 24 municípios do Oeste baiano, as realizações de reuniões itinerantes e visitas técnicas se tornam essenciais para se ter conhecimento das demandas e trazer a população para perto do Comitê. Desde 2016, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Corrente e dos Riachos do Ramalho, Serra Dourada e Tabocas do Brejo Velho (CBHC) realiza plenárias nesses municípios que compõem a bacia.

Segundo Duarte, antes das reuniões itinerantes, o Comitê não conseguia visualizar as necessidades da bacia nessas regiões e os membros não conseguiam mostrar a realidade dos municípios, e das entidades que representam. “Sempre falamos da importância do Comitê estar percorrendo todos os espaços da bacia do Rio Corrente, para vermos a diversidade, as dificuldades e os pontos positivos e negativos da bacia. Víamos a necessidade de ter reuniões itinerantes para o Comitê conhecer melhor a bacia e sua imensidão. De 2016 para cá, tivemos plenárias excepcionais, conhecemos vários locais que muitos membros não conheciam e isso é muito importante”.

Nas reuniões realizadas nos municípios da Bacia do Rio Corrente, o Comitê complementa com visitas técnicas a um rio, parque, nascente ou reserva ambiental da região. Em Canápolis, por indicação dos membros da região, o local escolhido foi a nascente da Vaca Morta, que fica na zona rural do município. Guiada pela Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura de Canápolis a nascente, atualmente, encontra-se bastante assoreada e a visita foi uma oportunidade para o Comitê, conhecer um projeto que visa à revitalização e recuperação da área. “É a partir dessas visitas técnicas que vemos a importância dos recursos hídricos para a população da Bacia do Rio Corrente e como é importante preservá-los”, concluiu Cristiano.

A próxima plenária ordinária do CBH Corrente está prevista para ser realizada nos dias 27 e 28 de agosto, em Correntina.