O HPV bucal é um vírus que acomete a mucosa da cavidade oral e causa lesões nas laterais da língua, lábios e palato – mais conhecido como céu da boca –, mas os sintomas também podem se estender para todos os demais tecidos da região.
Também chamado de vírus do papiloma humano, a doença é transmitida principalmente por meio do sexo oral desprotegido. Neste cenário, o microrganismo infecta os pacientes que apresentam cortes ou feridas aftosas na boca.
No entanto, existem evidências que apontam a possibilidade do vírus ser transmitido por meio do beijo ou através do contato com objetos de higiene pessoal, como toalhas de banho, roupas íntimas e até o próprio banheiro – quando não há a limpeza adequada do cômodo.
Essa é uma enfermidade que precisa ser tratada com cuidado, pois ela é capaz de causar diversas complicações e, entre elas, o aumento da probabilidade de desenvolver o câncer na região bucal e na garganta.
Por isso, o uso de um convenio odontologico é fundamental para auxiliar na identificação deste tipo de feridas e para o encaminhamento da biópsia e do tratamento adequado, em conjunto com um infectologista.
Como identificar o problema?
O HPV bucal é normalmente uma doença silenciosa, sendo que a infecção é muitas vezes descoberta apenas quando acontece o aparecimento de alguma complicação, como o câncer de boca.
Contudo, em raras circunstâncias, ele pode apresentar sintomas nos tecidos orais por meio de feridas pequenas que se assemelham a verrugas esbranquiçadas, ásperas e indolores.
Essas lesões podem aparecer sozinhas ou em grupo, também sendo capazes de adquirir um tom avermelhado ou com a cor exata do tecido bucal.
Durante as consultas odontológicas – que podem ser facilitadas com o uso de um plano odontologico –, o dentista consegue identificar essas feridas e encaminhar o paciente para a biópsia.
Essas verrugas se desenvolvem, ainda, na garganta e orofaringe, podendo se transformar em câncer – principalmente em pacientes do sexo masculino, tabagistas e que consumam bebidas alcoólicas com frequência.
Assim, é importante se atentar aos principais sintomas do câncer de boca, como:
- Dificuldade na deglutição;
- Inflamação da garganta;
- Tosse constante;
- Dores na região do ouvido;
- Gânglios linfáticos inchados;
- Rouquidão constante;
- Feridas bucais que não desaparecem em até duas semanas.
Ainda que este tipo de ocorrência seja mais comum em homens mais velhos (pois a doença costuma demorar anos para se desenvolver), essa complicação também pode ser vista em mulheres e em pessoas mais jovens.
Por isso, é imprescindível a procura por uma avaliação profissional sempre que o paciente notar algum desses sinais.
Diagnóstico e tratamento
Como dito anteriormente, o diagnóstico pode ser feito por um dentista – com a ajuda de um plano dental para MEI – ou um infectologista.
Após isso, é necessário realizar os exames clínicos ou a biópsia das feridas orais, para a identificação do tipo de vírus que é o causador dos sintomas.
Isso porque existem mais de 150 variações do vírus do HPV, mas aproximadamente 40 podem acometer o trato ano-genital e 24 que afetam a região bucal. Os mais propensos a desenvolver o câncer são o HPV 16, 18, 31, 33 e 35.
Formas de tratar
Normalmente, o próprio sistema imunológico combate a contaminação e reverte o quadro, sem que paciente sequer note o problema.
Até por isso, muitas pessoas que possuem o vírus não sabem que estão infectadas e, consequentemente, não podem proteger o parceiro.
Mas quando as lesões não desaparecem sozinhas, o dentista deve encaminhar o paciente para um clínico–geral, urologista ou ginecologista para a remoção das verrugas por meio do uso de lasers, cirurgias, crioterapia (quando a lesão é congelada e cai) ou com uso de medicação antiviral e antineoplásica.
Após todos os tratamentos necessários, é preciso repetir os exames para garantir a eliminação de todas as lesões.
Contudo, o vírus do HPV é muito difícil de ser removido por completo do organismo e, por isso, demanda cautela e é considerado uma doença sem cura. Assim, é possível que o vírus volte a se manifestar.
Prevenção
Por todos esses motivos, a prevenção é a melhor forma de garantir a plena saúde e evitar complicações mais sérias.
Assim, algumas prevenções no cotidiano são capazes de reduzir consideravelmente o risco de contaminação.
O uso de preservativos – inclusive durante o sexo oral –, ainda que não impeça a transmissão de forma completa, é essencial para a redução desse risco.
A realização do teste de IST ‘s (Infecções Sexualmente Transmissíveis) também é fundamental, ao menos uma vez ao ano.
O uso dos benefícios de um plano odontologico para MEI pode, ainda, facilitar as visitas constantes ao dentista – o que viabiliza o diagnóstico precoce da doença e agiliza o tratamento.
Essas visitas devem ser feitas uma vez a cada seis meses, ou sempre que a pessoa perceber alguma anormalidade na cavidade bucal.
Além disso, esse tipo de acompanhamento oferecido pelo plano odonto empresarial também é extensível para familiares ou dependentes do titular, o que garante também a saúde dos parceiros.
Ainda assim, a melhor forma de evitar a contaminação por HPV é por meio da vacinação.
Esse medicamento preventivo é disponibilizado tanto pela rede pública de saúde quanto pelos hospitais particulares. O método pode ser utilizado por todos os pacientes, independentemente de já ter tido a doença ou não.
Inclusive, a aplicação pode ser feita a partir dos 9 anos em meninas e 11 nos meninos, de modo a preservar a integridade e garantir a ação da vacina.
Conteúdo colaborativo de Conviva Melhor para o Folha Geral